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PLASTICO-MADEIRA



Yamaji, Fábio Minoru. Utilização da serragem na produção de compósitos plástico madeira.
 Revista floresta 34 (1). Curitiba-Pr, Jan/Abr 2004, 59-66.

Plástico-madeira

Nos meios industriais, no que diz respeito à reutilização de resíduos gerados pelas matérias primas usadas nas produções em geral, podemos notar um grande interesse das empresas em reutilizar estes materiais de forma lucrativa e benéfica tanto para elas quanto para o meio-ambiente, tendo em vista que muitas vezes estes resíduos são descartados na natureza e levam muito tempo para serem decompostos. Houve no setor madeireiro um grande avanço em relação à utilização dos resíduos gerados pelos processos produtivos.
O WPC (Wood Plastic Composite) é um produto novo no Brasil, composto por uma mistura de pó de madeira ou serragem com resinas plásticas que também são provenientes de reciclagem, tal mistura processada corretamente dá origem ao compósito plástico-madeira, material que vem sendo muito utilizado em diversos meios produtivos como na indústria automobilística, na produção de moveis, brinquedos e até mesmo em construções marinha, na construção civil é crescente sua aplicação em decks, pisos, esquadrias, entre outros, devido as suas boas características.
 Existem estudos para possibilitar a utilização desse material para construção de estruturas de grande porte, a adição de aditivos que possam proporcionar ao Plástico-madeira uma melhor resistência talvez seja a solução para o seu emprego em tais peças. Os resultados dessa matéria prima apresentam grandes vantagens em relação à madeira, se produzido corretamente, como superfície impermeável e imune a fungos e bactérias, alem de não empenar quando exposto a ambientes úmidos, como é o caso da madeira.
O plástico-madeira tem seu processo produtivo baseado em uma composição de pó de madeira oriunda da lixadeira ou serragem, com resíduos plásticos, tais como o polietileno ou o polipropileno de baixa densidade (PEBD), sua mistura é feita pelo processo de aquecimento e fusão de ambos os materiais, há uma temperatura que varia de 135°C a 150°C, feita por uma máquina chamada extrusora, onde são produzidas as placas do WPC.
 Neste processo o plástico é responsável por melhorar as características como a resistência a umidade do material, combate a agentes biológicos, enquanto à madeira tem a função de melhorar diversos aspectos como a rigidez dos compósitos, a capacidade de usinabilidade, e por ser um material de descarte e fácil de ser encontrado em grandes quantidades, possui um custo menor que as resinas.
Ainda existem algumas dificuldades no processo produtivo do WPC, a densidade do pó de madeira influencia diretamente na consistência do produto tendo assim uma rigorosa analise granulométrica para aperfeiçoamento da técnica, a umidade dos compostos também influencia diretamente na qualidade do produto, uma vez que usados materiais com grande teor de umidade como é o caso da madeira, pode se notar a presença de gases na etapa produtiva de aquecimento e fusão do material, por isso se faz necessário à utilização de maquinário adequado para a produção dos compósitos plástico-madeira.
            Conforme comprovado em testes foi possível se obter o produto plástico-madeira de qualidade através de materiais recicláveis, oriundos da madeira, e do plástico de baixa densidade. A maior dificuldade encontrada atribuída à madeira foi devido ao pó de lixa ser um material difícil de ser manuseado, fazendo com que a serragem seja mais fácil de ser utilizada na fabricação dos produtos.
O alto teor de umidade contido na madeira pode causar gases no momento da extrusão do produto, sendo necessários equipamentos para a produção que sejam capazes de liberara-los amenizando este efeito, que pode limitar a dosagem tanto do pó como da serragem. Um processo de secagem para reduzir a umidade do material pode fazer com que a proporção de madeira seja maior que os 20%, quantidade ideal segundo a pesquisa, adicionado ao composto, tornando o plástico-madeira mais barato, já que uma maior quantidade de resina eleva o preço final do WPC.



Link do artigo: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/floresta/article/viewArticle/2375

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